A construção civil, conhecida pela sua alta pegada de carbono, está passando por uma transformação significativa. O setor, responsável por cerca de 38% das emissões globais de CO², segundo a Aliança Global para Edifícios e Construção (GlobalABC, 2020), tem buscado formas de equilibrar sustentabilidade e eficiência. André Chaves, vice-presidente da Falconi, aponta que a adoção de práticas conformes aos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança) está se tornando essencial para as empresas que desejam se destacar e contribuir para um futuro sustentável.

O uso de materiais sustentáveis, a redução de resíduos, a geração de energia limpa e o reaproveitamento de água são algumas das práticas que ganham força. Essas iniciativas não apenas mitigam os impactos ambientais, mas também atendem às expectativas dos consumidores cada vez mais preocupados com o legado que será deixado para as próximas gerações. No entanto, o impacto social das práticas ESG também merece destaque. A construção civil, ao gerar empregos e promover diversidade e segurança no ambiente de trabalho, desempenha um papel crucial no desenvolvimento socioeconômico.

Além disso, a adoção de boas práticas de governança é vital para garantir a longevidade e a saúde financeira das empresas do setor. Transparência, ética e conformidade regulatória não só atraem a confiança dos investidores como também protegem os riscos, fortalecendo a posição competitiva das companhias no mercado.

A incorporação de práticas ESG não é apenas uma tendência passageira, mas uma exigência do cenário atual. O futuro da construção civil passa, necessariamente, por uma gestão eficiente e transparente, e pela inovação tecnológica. Ao integrar eficiência com sustentabilidade, o setor se posiciona como agente de transformação social e econômico, com potencial para gerar um impacto duradouro e positivo na sociedade.